Trabalhadores ligados à Organização da Luta no Campo (OLC), invadiram hoje o Engenho Proteção, de 350 hectares, em Quipapá, na zona da mata pernambucana, destruíram parte da cerca da propriedade, fazendo uma fogueira com as estacas, e arrombaram a porta da casa grande que, em seguida foi ocupada. De acordo com o movimento, a casa não é habitada e na área do engenho existem 17 moradores. Foi a segunda ocupação em três dias. Na terça-feira, a OLC coordenou a ocupação do engenho Belo Monte, na mesma região e também pertencente à Usina Água Branca, desativada. O líder do grupo, João Santos, disse que as duas ocupações e a mudança de método da organização (que acampava fora das áreas pretendidas para reforma agrária) são uma resposta ao superintendente do Incra, João Farias, que segundo ele, teria favorecido a entrada do MST no Engenho Califórnia, reivindicado há quase dois anos pela OLC. O superintendente regional do Incra, João Farias, disse que a disputa por terras da Usina Água Branca pelos movimentos é antiga e ele afirmou temer a possibilidade de um confronto entre os grupos sem que as terras tenham sido sequer vistoriadas.