Eleição de deputados estaduais a prefeituras promove ‘dança das cadeiras’ na Alesp; veja mudanças

Quatro suplentes assumirão mandatos no Legislativo paulista a partir de janeiro de 2025; saiba quem sai e quem entra

PUBLICIDADE

Foto do author Felipe  de Paula
Atualização:
Correção:

Vinte deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) concorreram a prefeituras nas eleições 2024. Destes, quatro venceram o pleito disputado, promovendo uma pequena “dança das cadeiras” no Parlamento estadual. A partir de janeiro de 2025, quatro suplentes assumirão mandatos na Casa.

Entre os eleitos, três saíram vitoriosos no primeiro turno: Vinícius Camarinha (PSDB), prefeito eleito em Marília; Gerson Pessoa (Podemos), eleito em Osasco; e Edmir Chedid (União Brasil), vencedor em Bragança Paulista. Além deles, Helinho Zanatta (PSD) venceu a prefeitura de Piracicaba no segundo turno. Eles serão substituídos por Damaris Moura Kuo (PSDB), Fabio Faria de Sá (Podemos), Edson Giriboni (União Brasil) e Marcelo Aguiar (Podemos), respectivamente.

Plenário Juscelino Kubitschek, na Alesp Foto: Rodrigo Costa/Alesp

PUBLICIDADE

Os suplentes assumem assim que os prefeitos eleitos forem empossados. No sistema proporcional, a ordem de votação também determina a ordem de suplência. Os suplentes são os candidatos mais bem votados de cada partido após os que conquistaram o mandato como titulares.

Pela ordem de votação obtida nas eleições gerais de 2022, o suplente de Vinícius Camarinha seria Ortiz Júnior, que concorreu a deputado estadual pelo PSDB e recebeu 66.914 votos. Entretanto, Ortiz migrou neste ano para o Republicanos para disputar a prefeitura de Taubaté. A mudança de partido fez com que ele perdesse a suplência, uma vez que a substituição pertence à legenda, e não ao candidato. Ortiz Júnior chegou ao segundo turno em Taubaté, mas não foi eleito —perdeu para Sérgio Victor, do Novo.

A ex-deputada estadual e atual subprefeita de São Miguel Paulista, Damaris Moura Kuo (PSDB), foi a 14ª candidata mais votada no pleito de 2022 entre os postulantes da federação PSDB/Cidadania e deve assumir a vaga de Camarinha. Na passagem pela Alesp, Damaris participou da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento e foi relatora da Lei de Diretrizes Orçamentárias do Estado de São Paulo por três anos.

A suplência de Gerson Pessoa (Podemos) ficará com Fabio Faria de Sá (Podemos), que recebeu 51.948 votos em 2022 e foi o quinto candidato mais votado do partido. Fabio é sobrinho do ex-deputado federal Arnaldo Faria de Sá, parlamentar por oito mandatos consecutivos, de 1987 a 2019.

A cadeira deixada por Helinho Zanatta (PSD) deve ser ocupada por Marcelo Aguiar (Podemos). Em 2022, ambos eram filiados ao extinto Partido Social Cristão (PSC), que foi incorporado ao Podemos em junho de 2023. Segundo a Justiça Eleitoral, se a legenda extinta foi incorporada a outro partido após a eleição, os suplentes mantêm seu status, mas passam a integrar a lista de suplentes do partido incorporador.

Publicidade

A vitória de Edmir Chedid (União Brasil) em Bragança Paulista dará lugar a Edson Giriboni (União Brasil), suplente que recebeu 59.087 votos em 2022. Giriboni entrou para a vida pública em 1989, eleito vice-prefeito de Itapetininga (SP), cargo que voltou a ocupar de 2001 a 2004. Nas eleições de 2006, foi eleito deputado estadual pelo PV. Em 2010, reeleito deputado estadual, foi convidado pelo então governador Geraldo Alckmin (hoje, vice-presidente pelo PSB) para ser secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, cargo que ocupou até 2014.

Nesse mesmo ano, foi eleito para seu terceiro mandato de deputado com 105.969 votos. Em 2018, ficou como primeiro suplente e voltou à Assembleia em janeiro de 2021.

Siga o ‘Estadão’ nas redes sociais

Correções

Inicialmente a reportagem informou que a cadeira deixada por Helinho Zanatta (PSD) seria ocupada por Roberta Botion (PSD). A informação foi corrigida.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.