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Eleições 2022: Tarcísio lança candidatura ao governo de SP, exalta Bolsonaro e faz críticas ao PSDB

Convenção nacional do Republicanos ainda oficializou apoio à reeleição do chefe do Executivo

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Foto do author Eduardo Gayer
Foto do author Giordanna Neves
Por Eduardo Gayer e Giordanna Neves (Broadcast)
Atualização:

BRASÍLIA E SÃO PAULO - Na convenção do Republicanos que sacramentou sua candidatura ao governo de São Paulo, o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas adotou discurso com elogios ao presidente Jair Bolsonaro (PL), seu padrinho político presente na solenidade, e críticas ao PSDB, partido que há 28 anos comanda o Estado. Os tucanos confirmaram hoje a candidatura à reeleição do atual governador, Rodrigo Garcia, que assumiu o cargo após a renúncia de João Doria (PSDB).

Ao discursar, Tarcísio destacou que Bolsonaro tem coragem, é inspirador e “mudou sua vida”. “Abriu portas que eu não esperava que um dia seriam abertas. Me levou aonde eu nunca pensei estar, aonde eu não imaginava. Me deu oportunidade que eu nunca pensei que iria ter”, afirmou o agora candidato. “Presidente, o senhor sempre vai contar com minha gratidão, meu carinho e meu respeito”, seguiu o ex-ministro, que destacou ações do atual governo federal para “colar” sua imagem à do presidente.

Pré-candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, durante seu discurso na convenção estadual do Republicanos. Foto: Marcelo Chello/Estadão

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“Hoje é um dia histórico. Marca o fim de um símbolo, fim de um partido que está há 28 anos no poder. Partido que criou raízes profundas, raízes hoje que impedem o Estado de andar”, declarou Tarcísio, em referência aos tucanos. O PSDB já teve como governador paulista por quatro vezes Geraldo Alckmin, hoje no PSB e vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pelo Palácio do Planalto.

Para o ex-ministro, o PSDB “perdeu a sensibilidade”. “Esse grupo no momento em que o Brasil passou pela maior dificuldade de sua história recente, o que fez? Aumentou impostos, afastou crianças das escolas, fechou o comércio”, afirmou, em referência às medidas sanitárias impostas na pandemia de covid-19.

Tarcísio foi escolhido por Bolsonaro para ser seu candidato ao governo de São Paulo com o objetivo de nacionalizar a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, para atrair voto “bolsonarista raiz”. A ideia é turbinar a candidatura do ex-ministro e levá-lo ao segundo turno contra Fernando Haddad (PT), líder nas pesquisas de intenção de voto e nome de Lula, com o objetivo de dar palanque forte a Bolsonaro no maior colégio eleitoral do País.

Seu candidato a vice será Felício Ramuth (PSD), ex-prefeito de São José dos Campos, e a candidatura ao Senado, por decisão de Bolsonaro, ficará a cargo do astronauta Marcos Pontes (PL), ex-ministro de Ciência e Tecnologia. Tarcísio agradeceu a seu vice por abrir mão de ser candidato a governador. “Gesto de grandeza”, disse. Ele fez, ainda, promessas de campanha, como “cuidado com pessoas e geração de empregos”, a conclusão do Rodoanel e mais rodovias. “Vamos transformar a vida das pessoas. [...] Este Estado tão rico está ficando muito desigual”, afirmou.

Bolsonaro estava acompanhado no evento, que foi realizado sábado no ExpoCenter Norte, em São Paulo, da primeira-dama Michelle, agora participante da campanha à reeleição do chefe do Executivo. Durante a convenção, o Republicanos ainda oficializou o apoio à candidatura à reeleição do chefe do Executivo.

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“Hoje homologamos a candidatura do nosso ‘Tarcisão do Asfalto’. São Paulo não pode continuar na mão da outra face da esquerda”, disse o presidente nacional do partido, o deputado federal Marcos Pereira. “PT e PSDB são as duas faces da mesma moeda. Há 28 anos o PSDB (está) dominando o Estado de São Paulo”, afirmou o dirigente partidário.

A convenção estadual e nacional do Republicanos também teve a presença de figuras importantes do bolsonarismo, como a deputada Carla Zambelli (PL-SP), preterida na disputa pelo Senado, e o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que ganhou perdão presidencial menos de 24 horas após o Supremo Tribunal Federal (STF) condená-lo a oito anos e nove meses de prisão por ameaças à democracia e às instituições.

Pré-candidato a deputado federal, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PTB) foi outro destaque do evento. Responsável por liberar a tramitação do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-parlamentar foi cassado em 2016 por ter mentido sobre ter contas na Suíça.

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