Chalita desfaz pacto com líder das pesquisas

PUBLICIDADE

Foto do author Felipe Frazão

Candidato do PMDB, Gabriel Chalita voltou atrás ontem em seu acordo prévio com o candidato Celso Russomanno (PRB) segundo o qual um apoiaria o outro caso um deles passasse para o 2.º turno na sucessão paulistana. "É difícil. Olhando o quadro assim não é uma opção. Se acontecer de não ir para o segundo turno, a reflexão que um político tem de ter é que eu tenho um histórico na política, tenho 40 anos de idade, então não quero apoiar uma pessoa que eu sinta que não vai fazer bem para a cidade. Mas isso é uma conversa de depois da eleição", disse Chalita durante evento na zona leste. "A gente vai analisar depois. Não vou perder tempo de campanha agora para imaginar, se por acaso não for para o 2.º turno, o que fazer."No fim de março, Chalita e Russomanno anunciaram que haviam firmado um pacto mútuo de ajuda a quem avançasse à segunda fase da disputa. Ontem, Chalita também criticou o PRB, classificando-o como "um partido fraco e frágil" e questionou: "Quais serão os quadros que vão governar a cidade num governo Russomanno?". Ele comparou Russomanno a "uma aventura", mesma palavra usada pelos petistas para criticar o líder nas pesquisas de intenção de voto.Chalita voltou a negar que tenha conversas adiantadas para apoiar o candidato do PT, Fernando Haddad. Oficialmente, o PMDB de São Paulo afirma que não há negociação para Chalita substituir o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em troca de trabalhar por Haddad no segundo turno. Chalita se declara amigo da presidente Dilma Rousseff e não é contrário à ideia de ser ministro. No entanto, reforça a tese de que deseja ser prefeito. Para o PMDB, as especulações sobre a troca têm o objetivo de desestabilizar a candidatura de Chalita. "É um absurdo isso. É para tirar voto na reta final. Não houve essa conversa", disse o peemedebista. "Acho o (Aloizio) Mercadante um ministro fraquíssimo. Botar o Chalita já é chegar no fundo do poço. Seria uma verdadeira tragédia em matéria de educação, mas do PT pode se esperar tudo", disse José Serra (PSDB) ontem ao ser questionado sobre o tema. / COLABOROU PEDRO DA ROCHA

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.