O PMDB encolheu no Congresso, mas sai mais forte das urnas. Menos pelo número de governadores eleitos ou que vão disputar o 2.º turno, mais pela posição relativa aos demais partidos no Congresso. Os peemedebistas elegeram parlamentares suficientes para ter a maior bancada no Senado e a segunda maior da Câmara. Pode ser o suficiente para manter as presidências das Casas – e é daí que emana o poder do partido.
Mesmo depois de todas as manifestações e protestos de 2013, o partido que é a encarnação do status quo na política continuará onde sempre esteve desde a redemocratização: no centro do poder. O PMDB se beneficiou pelo fato de o PT, seu maior rival em tamanho, ter diminuído também. Ambos perderam deputados e senadores, mas o que importa é quem tem mais. E o PMDB ficou à frente do PT no Senado e diminuiu a diferença na Câmara.
O PMDB terá menos senadores do que tinha. Mas o PT também encolheu, assim como o PSDB. Assim, os peemedebistas se beneficiam da tradição para fazer o presidente da Casa e liderar comissões.
Isso só é possível porque aumentou a dispersão partidária. Na divisão de cadeiras, partidos médios e pequenos cresceram.
Na Câmara, a situação é igual. O PMDB caiu, mas o PT caiu ainda mais. O PSDB cresceu, de 44 para 52 cadeiras, mas ainda está em um distante terceiro lugar.
O PMDB comanda sete Estados hoje. Elegeu quatro governadores no 1.º turno e está na disputa por mais sete. Ou seja, pode chegar a dez governos estaduais.
O PT elegeu três governadores no 1.º turno. E vai para o 2.º turno em mais três. Dois são petistas candidatos à reeleição.