A candidata a prefeita do Rio Jandira Feghali (PCdoB) iniciou sua participação na série de sabatinas do Grupo Estado criticando a administração do atual prefeito, Cesar Maia (DEM), sem, contudo, citar o seu nome. "Hoje vivemos uma gestão autoritária e isolada", afirmou. De acordo com ela, a Prefeitura "não se relaciona com o presidente, nem com o governo do Estado, nem com a sociedade". Segundo Jandira, "a Prefeitura do Rio precisa ser liderança política". Ela destacou como prioridades a saúde, lembrando que é médica; a educação, com o fim da aprovação automática; e o transporte, com adoção do bilhete único e a transformação dos ramais dos trens da Central do Brasil em metrô. Ela também falou da integração da saúde e da educação, com programas de saúde nas escolas, e da necessidade de "cuidar bem de quem cuida" dessas duas áreas, com atualização permanente e planos de cargos e salários. Jandira liga o tema de transportes à favela, que considera que crescem por falta de alternativa. De acordo com ela, oferecendo áreas de moradia popular ligadas a transporte em áreas como o centro e a zona oeste, as favelas param de crescer. Ela pretende estabelecer parcerias com o governo federal e o Estado, inclusive para usar terrenos públicos para moradia popular. "Favela é cidade. Por isso, tem que ser tratada como qualquer bairro", disse. A candidata do PCdoB defendeu o Favela-Bairro como "bom projeto que não teve sucesso por incompetência", mas que não considera suficiente. Também elogiou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das favelas, federal, mas destacou que o município precisa ter participação para escolher onde e como deve ser o PAC nas comunidades cariocas.
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