Tribunal vai contar com segurança extra durante julgamento

Supremo contrata equipe de proteção privada para área externa do prédio e terá efetivo extra nas sessões do plenário

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Por BRASÍLIA
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Homens literalmente de preto ensaiaram ontem um rígido esquema de proteção ao Supremo Tribunal Federal. Quarenta deles, de terno, gravata e rádios de comunicação, passaram boa parte da tarde fazendo deslocamentos ao redor da Corte. A meta é conter eventual aproximação de militantes e impedir que manifestações ruidosas prejudiquem os trabalhos dos ministros entretidos com o mensalão. Os agentes que permanecerão no plenário integram os quadros do próprio Supremo. O efetivo encarregado da blindagem do prédio é da segurança privada. Também será destacado um contingente da Polícia Militar que já está a postos. O Corpo de Bombeiros manterá unidades de plantão para eventuais emergências. Força Nacional. O presidente do STF, Carlos Ayres Britto, chegou a solicitar ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pessoal da Força Nacional de Segurança para blindar a corte durante o julgamento do mensalão. O pedido, no entanto, provocou mal-estar no Palácio do Planalto, que viu exagero na solicitação. A presidente Dilma Rousseff quer manter distância do julgamento para evitar que a crise do governo Lula respingue em sua administração. Cardozo disse a Britto que o ofício deveria ser encaminhado ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. O presidente do STF desistiu da Força Nacional. Ontem, o mesmo grupo de entidades da sociedade civil que no dia 30 de maio entregou ao Supremo um abaixo-assinado com cerca de 37 mil nomes pedindo o julgamento da Ação Penal 470, do processo do mensalão, está convocando os brasilienses para uma concentração na Praça dos Três Poderes, em frente ao STF, a partir das 17 h de hoje. Representantes de grupos organizados nas redes sociais e de entidades querem agora fazer uma manifestação de apoio ao STF, contra a corrupção e a impunidade. / FAUSTO MACEDO E CHRISTIANE SAMARCO

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