Quando não está atuando como estagiário no escritório de advocacia da família, o bacharel em direito João Paulo Miranda, de 25 anos, pode ser encontrado na sede do PSDB em Sorocaba, fazendo trabalho voluntário.
"Faço atas, filiações, desfiliações e até convoco reuniões", disse. Miranda não é funcionário do partido nem recebe por esse trabalho. "Às vezes ponho dinheiro do bolso, mas gosto muito e tenho orgulho de dizer que sou tucano."
Numa cidade governada pelo PSDB há 18 anos, Miranda tem o perfil característico de parte do eleitorado tucano. Ele ganha pouco mais de quatro salários mínimos por mês, tem seu carro novo e dinheiro para custear as próprias despesas.
Miranda começou a acompanhar a política adolescente. "Meu pai me pedia para ler jornais e fazer um resumo. Conheci e passei a admirar políticos como Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso", afirmou. "Hoje, defendo o partido porque é feito por bons políticos, como o (Geraldo) Alckmin em São Paulo, o (Beto) Richa no Paraná e o Aécio (Neves) em Minas Gerais. Se um dia o partido mudar, eu estarei fora."