O prefeito de Cajamar (42 quilômetros de São Paulo), Messias Cândido da Silva (PSDB), registrou ontem na Justiça Eleitoral da cidade o pedido de renúncia de sua candidatura à reeleição. Segundo informou o presidente do cartório eleitoral da 354ª Zona Eleitoral de Cajamar, Delmário Soares Souto, o pedido foi feito diretamente à juíza Adriana Nolasco da Silva. Messias teve seu registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Regional de São Paulo (TRE-SP). A justificativa, segundo informou a Justiça Eleitoral, foi a de que o tucano teria substituído em 2002 o então prefeito Antonio Carlos Oliveira Ribas de Andrade, que foi cassado e hoje disputa a prefeitura pelo PDT, e assumido a chefia do Executivo. Como Messias se reelegeu em 2004, ficaria portanto configurado um terceiro mandato, o que seria ilegal. Segundo informou Souto, o caso ainda aguarda definição no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Mesmo assim, Messias esteve com a juíza e pediu a renúncia. Isso causou um tumulto na cidade. Tem adversário distribuindo panfleto para avisar o eleitor, que se sente lesado porque vai encontrar na urna eletrônica o nome de Messias", disse o chefe do cartório. O nome registrado na Justiça Eleitoral para substituir o de Messias foi o de Daniel Ferreira da Fonseca, um dos coordenadores da campanha do tucano. "O documento do pedido de renúncia foi protocolado, a pessoa que vai substituir o candidato está legalmente filiada ao partido. Mas não é o nome de Daniel que vai estar na urna, porque quando geramos as mídias (desenvolvimento de programa com os nomes e fotos dos candidatos, feito de 24 a 28 de setembro pela Justiça Eleitoral em Cajamar), Messias ainda era o candidato", afirmou Souto. O candidato não retornou às ligações da reportagem. Além de Messias, disputam a prefeitura Toninho Ribas (PDT), Orlando Ribeiro de Moura (PCB), Claudinê Mendes da Silva (PSOL), Antônio Cândido Braga Machado (PTB) e Luiz José de Lemos (PRP).