Oswaldo Dias (PT), prefeito eleito de Mauá, cidade com cerca de 400 mil habitantes no ABC paulista, teme herdar da atual administração um déficit de cerca de R$ 150 milhões. Os número exatos são desconhecidos, porém, porque a equipe de transição só recebeu "relatórios vazios, que não revelam muita coisa", afirma Dias. "A transição não funcionou. O atual prefeito nunca se dispôs a conversar", diz o petista, em referência a Leonel Damo (PV). A prefeitura nega que o déficit chegue a esse valor, mas reconhece que deixará para o prefeito eleito dívidas com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e com a Caixa Econômica Federal. Se não forem pagos, os débitos podem excluir Mauá de convênios com o governo federal. A cidade não recolhe o INSS dos funcionários públicos desde 2005, ano em que Damo assumiu o cargo. O Estado procurou a assessoria do prefeito para que ele se manifestasse sobre as críticas de Dias, mas não houve resposta ao pedido de entrevista.