Em um "desabafo" divulgado nesta quinta-feira, 17, no site do PDT, a mulher do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, saiu em defesa do marido e afirmou que ele batalha pela "defesa do seu nome", e não por um "apego ao cargo".
No texto de 22 parágrafos com o título "A outra versão da história", a jornalista Angela Rocha critica as acusações contra Lupi publicadas na imprensa e relata o momento em que o ministro se arrependeu de sua declaração mais polêmica desde o início da crise: "só saio a bala".
"Enquanto alguns acuados recuam, paralisam, Lupi faz parte de uma minoria que contra-ataca. Explode, desafia. É indelicado com a Presidenta e com a população em geral. E solta a frase bomba, manchete do dia seguinte: 'Só saio a bala'. O que as pessoas interpretaram como apego ao cargo era a defesa do seu nome. Era um recado com endereço certo e cujos destinatários voltaram com força total", escreveu.
Angela conta que, depois de fazer a declaração em uma entrevista, no dia 8 de novembro, Lupi "percebe o erro, os exageros" ao chegar em casa. Dois dias depois, o ministro pediu desculpas à presidente Dilma e disparou mais uma frase emblemática da crise de que é protagonista: "Presidente Dilma, desculpe se fui agressivo. Não foi minha intenção. Eu te amo."
A mulher do ministro diz que sua família está cansada, indignada e triste, mas unida. Ela encerra a carta com uma mensagem de apoio a Lupi.
"Quando estiver muito cansado dessa guerra vai repousar no seu refúgio que não é uma mansão em Angra dos Reis, nem uma fazenda em Goiás, sequer uma casa em Búzios, e sim um pequeno sítio em Magé. Que corrupto é esse? Que País é esse?"
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