Embaixada se desculpa com família de Dom por dizer que corpos foram achados

Representante diz à família que ‘lamenta’ ter passado informação errada

Por Lavínia Kaucz , Matheus Zúñiga e Manoela Bonaldo
Atualização:

O embaixador do Brasil no Reino Unido, Fred Arruda, pediu desculpas à família de Dom Phillips nesta terça-feira, 14, depois de a embaixada informar que o corpo do jornalista havia sido encontrado junto ao do indigenista Bruno Pereira, na Amazônia. Ambos seguem desaparecidos há mais de uma semana. A retratação foi noticiada pelo jornal britânico The Guardian.

A informação incorreta havia sido dada pela embaixada à irmã e ao cunhado de Dom na segunda-feira, 13. Depois, foi negada pela Polícia Federal, em nota oficial, na qual também afirmaram que as equipes de ciência forense ainda estão periciando a área em que desapareceram.

Homens de diversas forças participam das buscas do indigenista Bruno Araujo Pereira e do jornalista Dom Phillips em Tabatinga (AM). Foto: Wilton Junior/Estadão

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“O Itamaraty confirma o envio de comunicação do Embaixador do Brasil em Londres dirigida hoje a familiares do jornalista britânico Dom Phillips, na qual lamentou e pediu desculpas por terem sido repassadas, pela embaixada, informações que se mostraram incorretas”, diz o Itamarary em nota ao Estadão.

Arruda escreveu à família de Phillips hoje mais cedo, afirmando que lamenta “que a embaixada tenha passado à família ontem informações que não se mostraram corretas”.

Na segunda, a hashtag “Dom e Bruno” chegou ao topo dos assuntos mais comentados no Twitter, no Brasil, com vários internautas pedindo por explicações e respostas quanto ao paradeiro do jornalista e do indigenista. O assunto também teve repercussão internacional.

Dom e Bruno foram vistos pela última vez no dia 5 de junho na terra indígena Vale do Javari, no Amazonas. Equipes de busca encontraram mochila e objetos pessoais que, segundo a PF, pertencem ao jornalista e ao indigenista.

O local onde os pertences foram encontrados é próximo à casa de Amarildo da Costa de Oliveira, em São Gabriel, zona rural de Atalaia do Norte. Ele segue preso e nega à polícia qualquer participação no desaparecimento de Dom e Bruno.

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