O perito em fonética, Ricardo Molina, atestou no relatório que entregou à Comissão de Fiscalização que não houve montagem na fita analisada com as conversas entre o senador Antônio Carlos Magalhães e procuradores da República. "O exame espectográfico não detectou, ao longo da gravação do diálogo principal, qualquer descontinuidade que pudesse estar associada à tentativa de edição ou montagem. A fita questionada, portanto, pode ser considerada autêntica para todos os fins periciais, segundo Molina. O perito atestou ainda que do diálogo principal participam o senador Antônio Carlos Magalhães, Fernando César Mesquita, assessor de ACM, e os procuradores Luiz Francisco de Souza, Guilherme Schelb e Eliana Torelly. No início da conversa degravada por Molina, os procuradores e o senador fazem críticas ao procurador geral da República, Geraldo Brindeiro. Na fala atribuída ao senador, Antônio Carlos responde porque Brindeiro desagrada a todos. "Porque ele não é decente, não é corajoso. Porque ele é covarde", afirma o relatório de Molina ao atestar que a voz na gravação nesse trecho específico é de ACM.