O Fórum de Macaé, RJ, emitiu ontem os atestados de óbito das vítimas da explosão P-36, inclusive das nove cujos corpos afundaram com a plataforma. Com isso, as famílias poderão atender à burocracia para receber benefícios como pecúlio por morte e pensão e movimentar as contas bancárias dos falecidos. Os atestados de óbito das vítimas cujos corpos afundaram com a P-36 foram emitidos em prazo recorde porque outros funcionários da Petrobras testemunharam que elas estavam na plataforma antes das explosões e não saíram de lá depois disso. Nesses casos, a Justiça em geral só emite atestados de óbito cinco anos após um desaparecimento. A Petrobras informou que está discutindo a criação de benefícios extras para as famílias das vítimas do acidente como a cobertura integral de tratamento psicoterápico de dependentes dos mortos por uma ano com possibilidade de renovação por mais um período. Outra medida em estudo é a manutenção da assistência médica com participação integral da companhia para os pais dos funcionários mortos nos casos em que ela já era prestada. A empresa também anunciou que estuda anistiar dívidas referentes a mensalidades não pagas do plano de assistência de saúde da Petrobras até a data do acidente. A empresa já decidiu pagar os estudos dos filhos das vítimas do pré-escolar até o término da faculdade ou até completarem 24 anos de idade. Os benefícios dados para todos os petroleiros incluem o pagamento integral das despesas com funeral, suplementação da pensão pela fundação de previdência da empresa, a Petros, manutenção do plano de saúde para os dependentes desde que eles paguem uma parte por ele e pecúlio por morte no valor de 30 salários básicos do empregado.