Funai diz ver com revolta agressão a engenheiro da Eletrobras

Segundo assessoria da PF, Paulo Rezende registrou um boletim na última terça e foi aberto o inquérito

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Por Redação
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O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, disse há pouco ter visto com "revolta" a agressão ao engenheiro Paulo Fernando Rezende, da Eletrobrás, por índios caiapós, em Altamira, no oeste do Pará. O engenheiro foi agredido a socos durante um evento na região na última noite no encontro Xingu Vivo para Sempre, que reuniu metade delas índios que debateram os impactos na região da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Veja Também: Veja imagens após ataque dos índios  Ao chegar para encontros com assessores e técnicos do Palácio do Planalto, avaliou que o episódio "prejudica" os interesses das comunidades indígenas. "Havia um clima de tensão e, naquele calor, houve aquela atitude, que não é recomendável, não leva a nada e só prejudica", afirmou. Márcio Meira ressaltou que a atitude dos caiapós foi um ato isolado injustificável, que pode ocorrer em situações envolvendo brancos ou índios. "Não há justificativa em hipótese alguma para o uso da violência, seja de quem for", disse. "O mecanismo para debater ações do Estado no regime democrático se dá pelo diálogo.A Funai sempre procurou o diálogo com os caiapós e vai continuar dialogando", completou. O presidente da Funai defendeu a proposta do novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, de criar uma guarda ambiental para combater o desmatamento na Amazônia. "Vou procurá-lo para que essa força conte com o apoio da Funai, que possa atuar na proteção das terras indígenas", declarou. Disse ainda esperar uma decisão favorável do Supremo Tribunal Federal à demarcação em área contínua da reserva indígena Raposa/Serra do Sol, em Roraima. "A terra indígena foi homologada e existem seis arrozeiros ilegalmente lá. Eles (arrozeiros) usaram bombas contra os índios.Espero que o Supremo ajude a pacificar a região", concluiu.

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