Taylor Swift mandou o recado nas redes sociais: “Eu não acredito. Escrevo com o coração partido para informar que perdemos 1 fã mais cedo, antes do show. Não consigo dizer o quanto estou devastada. "
Todos estamos, Swifties e não Swifties. No post, Swift repassou o que deve ter ouvido de assessores: “perdemos fã mais cedo, antes do show.” Amigos da jovem Ana Clara Benevides Machado disseram que ela passou mal, não antes, mas durante a execução da segunda música do show.
O momento exato não atenua responsabilidades. Fãs ficaram expostos em horas de espera, sem conseguirem se hidratar, num dia de calor extremo. Foi proibida a entrada de garrafas de água. Dentro do estádio, muitos desmaiaram. Ana Clara teve parada cardiorrespiratória.
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A T4F, empresa organizadora do evento, divulgou nota, dizendo que Ana Clara foi "prontamente atendida pela equipe de brigadistas e paramédicos e socorrida ao Hospital Salgado Filho."
Quem foi ao show, testemunhou o descuido com os fãs. Os vendedores até passavam com bebidas: cerveja e refrigerante. Água? Cara e difícil de encontrar. Água no copo de 200 ml por R$8,00. Na primeira hora do show, Taylor parou tudo, quando viu uma fã passando mal e insistiu para que levassem água para ela. Só voltou a cantar, quando teve certeza de que a fã havia sido atendida. Swift and swettie jogou água para a plateia. No calor medonho, a produção não mudou o roteiro e manteve labaredas de fogo, lançadas para o alto. Requentavam um inferno.
Faltou vislumbrar o óbvio.
Moradores de bairros vizinhos ao estádio não podem ser prejudicados no direito de ir e vir, por causa de engarrafamentos. A área em volta do estádio não deve virar uma montanha de lixo. Aos, fãs é preciso assegurar condições sanitárias, de conforto, saúde e de segurança. Tudo isso é previsível e deve ser visto com antecedência. O calor extremo não foi intempestivo. Estava em todos os boletins de meteorologia.
Empresas organizadoras de espetáculos não devem fugir da responsabilidade de fazerem a devida diligência, estudos com possíveis riscos e tomar medidas preventivas para todos os interessados. Depois, não venham dizer: Don’t blame me.
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