Governo vai usar PEC dos vereadores para aprovar mínimo

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Por Agencia Estado
Atualização:

O governo está preparando um ?troco? para a oposição, que decidiu votar contra a medida provisória (MP) fixando o salário mínimo em R$ 260,00: adiar a votação da MP para inviabilizar a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) que reduz o número de vereadores. Com dificuldades para arregimentar apoio à MP em sua própria base política e em resposta à posição do PFL e do PSDB, os líderes governistas estão ameaçando atrasar a aprovação da PEC que, para vigorar nas próximas eleições municipais, precisará ser promulgada até o dia 5 de julho, prazo limite para o registro de candidaturas na Justiça eleitoral. Mas antes da aprovação dessa PEC é preciso votar a MP do mínimo, que já está trancando a pauta do Senado. A redução do número de vagas de vereadores, prevista nessa PEC, é menos rigorosa que o corte feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Enquanto a Justiça eleitoral quer reduzir em 8.500 vagas, a PEC reduz em 5.100. O PFL é um dos principais defensores da proposta e, s egundo a líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), a medida do TSE prejudica sobretudo a Bahia. Os três senadores da Bahia ? César Borges, Antonio Carlos Magalhães e Rodolpho Tourinho ? já declararam apoio ao mínimo de R$ 275,00 e, inclusive, o PFL fechou questão contra os R$ 260,00. Já a MP do mínimo pode ser votada até 28 de julho e poderá ser prorrogada por mais 60 dias. Ou seja, o governo poderá jogar com essa alternativa, inviabilizando a aprovação em tempo hábil da PEC dos vereadores. Com a presença do presidente do PT, José Genoino, a bancada do partido no Senado se reunirá amanhã para fechar questão em favor da aprovação da medida provisória (MP) que fixou o salário mínimo em R$ 260,00. A líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), evitou comentar sobre a possibilidade de os dissidentes petistas serem punidos, como no caso do senador Paulo Paim (PT-RS), que declarou publicamente que votará com a proposta do PFL, estabelecendo um salário de R$ 275,00. ?Mas acho inconcebível alguém do partido do presidente da República não apoiar uma votação deste porte, pois é pôr em dúvida a atitude do presidente?, disse a senadora, numa referência à MP.

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