A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) teve adesão apenas parcial nesta quarta-feira. Em São Paulo, cerca de metade da categoria parou. No Rio, só o posto de Copacabana, na zona sul, ficou fechado. Já no Ceará a adesão foi completa. Os servidores decidiram fazer paralisação de protesto até esta quinta-feira, acusando o governo de não cumprir o acordo de reajuste assumido em setembro. Na maior unidade da cidade do Rio, a de Irajá, zona norte, os servidores não pararam, mas o trabalho começou uma hora e meia mais tarde porque parte deles faltou. Segundo o Sindsprev-RJ, sindicato da categoria, não foi decretada greve no Rio, como no resto do País, mas os servidores têm autonomia para decidir não trabalhar. Isso aconteceu nos postos das cidades de Macaé, Piraí, Resende e Teresópolis. A greve em todo o Estado, de 24 horas, está marcada para próxima terça-feira. No Estado de São Paulo, a gerência regional do INSS avaliou que cerca de 40% das 144 agências não funcionaram - na capital, 54% das 26 agências. Para o Sindicato de Trabalhadores em Saúde e Previdência, a greve atingiu 50% das agências no Estado e 80% na capital. Em Minas o protesto foi parcial. No Paraná, 20 das 52 agências suspenderam atendimentos. No Recife, praticamente todas as agências fecharam. No Rio Grande do Sul, dez categorias de servidores federais aderiram à greve. As 8 agências do INSS em Porto Alegre estavam parcialmente paralisadas e no interior 8 agências ficaram totalmente fechadas, 13 funcionaram de forma parcial e 64 normalmente. Também entraram em greve funcionários do Ibama, do Incra, da Funai, do Ministério da Agricultura e outros. Segundo o diretor do Sindisprev, Guiseppe Finco, a paralisação ?foi muito maior do que a esperada?. Ele disse que muitas agências do interior aderiram ao protesto, mas ainda não constavam da lista do sindicato. Total No Ceará, a adesão à greve foi de 100%, segundo a gerência do INSS. As 14 agências de Fortaleza e região metropolitana ficaram fechadas, assim como todas as unidades no interior. Nas gerências executivas, Sobral e Juazeiro do Norte, não houve nem atendimento telefônico. O presidente do INSS, Valdir Moysés Simão, afirmou que a greve é injustificada e pode prejudicar a negociação de parte do acordo estabelecido na greve de 2005 que, garantiu, está sendo rigorosamente cumprido. ?Nós entendemos que o movimento não está respaldado pelo acordo de greve. Entendemos que houve um rompimento, sim, por parte do movimento, o que pode prejudicar o andamento das negociações.?