Sob risco de ficar de fora do segundo turno, o petista Fernando Haddad partiu para o confronto com Celso Russomanno (PRB) no debate de ontem da TV Gazeta, enquanto José Serra (PSDB) evitou atacar o líder da corrida para Prefeitura de São Paulo.Em sua primeira participação no debate, quando poderia escolher qualquer dos candidatos para responder a suas perguntas, Serra se dirigiu a Paulinho, candidato do PDT, que teve 1% das intenções de voto na última pesquisa Datafolha.Já Haddad citou Russomanno na primeira oportunidade que teve, ao responder a questões de Carlos Giannazi (PSOL). "Uma pessoa que diz defender os cidadãos deveria, no mínimo, apresentar um programa de governo", disse. "Ninguém sabe quantos hospitais e clínicas ele vai fazer, quantos corredores de ônibus. Quando cobro, estou defendendo a minha cidade."Haddad escolheu por duas vezes Russomanno como alvo de suas perguntas, no segundo e no terceiro blocos. Na primeira oportunidade, se dirigiu ao adversário para questionar sua proposta de criar uma tarifa proporcional de ônibus, segundo a qual quem andar em trajeto menor, pagará menos.Segundo o petista, a cobrança de tarifa idealizada pelo candidato do PRB privilegiaria os moradores mais ricos da cidade, os que moram nas regiões mais próximas do centro. Haddad disse ainda que a proposta significaria o fim do Bilhete Único, criado na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PT).Russomanno afirmou que nem todos os que andam em trajetos curtos são pobres. Explicou que ampliará os subsídios ao sistema para que ninguém pague mais do que a atual tarifa de R$ 3. Por fim, disse que o controle do trajeto percorrido seria eletrônico - os passageiros colocariam "o dedo" em um sensor ao entrar e ao sair do ônibus. Ele não explicou como implantaria o sistema.Haddad também atacou a proposta de Russomanno de ampliar o contingente da Guarda Civil Metropolitana de 6 mil para 20 mil homens, o que, segundo a Prefeitura, teria um custo de R$ 1 bilhão. "Qual é o seu número?", questionou Haddad.Serra fez seu principal confronto com o peemedebista Gabriel Chalita e teve de se defender de vários ataques dos adversários, que apontaram supostas falhas em sua gestão na Prefeitura, iniciada em 2005 e continuada por Gilberto Kassab (PSD) após sua renúncia para concorrer ao governo do Estado, em 2006.