Impeachment de Dilma não é prioridade para o PSDB, diz Aécio

Parecer entregue nesta quarta pelo jurista Miguel Reale Junior ao partido recomenda pedido de ação penal por 'pedaladas'

PUBLICIDADE

Atualização:

Brasília - Após receber nesta quarta-feira, 20, do ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Junior, um parecer recomendando que a legenda desista de pedir no Congresso Nacional a abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou que o tema não é "prioridade" na agenda tucana nesta quarta-feira, 20.

PUBLICIDADE

"O impeachment não é prioridade na nossa agenda hoje. Até porque outras etapas precisam precedê-lo. Mas também não é algo impossível de acontecer no futuro", disse Aécio. Apesar disso, o tucano afirmou que o parecer de Reale Júnior traz informações "contundentes" contra a presidente e que ele vai se reunir nesta quinta-feira, 21, com os presidentes dos partidos de oposição para ver quais são os próximos passos que devem ser tomados. "Nós não vamos tomar nenhuma medida açodada, tampouco vamos deixar nenhuma das graves denúncias que se sucedem contra o governo sem apuração", afirmou.

A estratégia apresentada pelo jurista, que foi ministro da Justiça do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, é entrar com um pedido de ação penal contra a presidente no Ministério Público Federal pelas pedaladas fiscais, manobra que consiste em atrasar repasses do Tesouro Nacional aos bancos federais para o pagamento de benefícios sociais.

O recuo do PSDB a bancada do partido na Câmara, que pressionava a legenda por um pedido direto no Congresso. Essa tese perdeu força depois que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sinalizou que arquivaria o pedido. 

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.