Criticada pela Associação dos Magistrados Brasileiros, a indicação do advogado-geral da União, Gilmar Mendes, para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) tem recebido elogios de outras entidades. É o caso do Instituto Pimenta Bueno, ligado à Associação Brasileira dos Constitucionalistas, que cobra "objetividade" na análise da indicação de Mendes. Segundo nota divulgada pelo instituto, a escolha do advogado-geral corre o risco de transformar-se num "pleito político - no mais pejorativo dos sentidos do adjetivo". Lembrando que Mendes tem "notável saber jurídico" e sempre se destacou por sua "capacidade, coragem e lealdade", a entidade acusa os críticos de sua indicação de estarem pondo "interesses partidários e pessoais acima do interesse público". Da Universidade de Brasília (UnB), onde o advogado-geral estudou e hoje é professor de direito, também partiu documento em favor de Mendes. O reitor Lauro Morhy enviou carta ao presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), elogiando o professor indicado para o Supremo. "Gilmar Mendes abrilhanta nossos cursos jurídicos de graduação e mestrado, com produção intelectual intensa e competente, bem como atuação particularmente relevante na orientação de diversas dissertações", escreveu Morhy.
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