Três funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) foram rendidos na noite desta terça-feira, 20, pelos índios da região de Avaí, no interior de São Paulo. O grupo protesta contra a mudança do escritório da fundação em Bauru para Itanhaém, no litoral sul de São Paulo. E Arnold, Mário e Francisco, um deles chefe do posto de Bauru, foram levados para a aldeia como reféns para ajudar nas negociações, segundo informações líder da aldeia ekerua, Lourenço de Camilo. Cerca de 200 índios terena, guarani e caiagangue interditaram a rodovia Bauru-Marília, na noite da última terça, com tratores e galhos, para pedir a presença de outros representantes da Funai. Segundo informações de funcionários da Funai e do próprio cacique Jasoni, os funcionários passam bem e já se comunicaram com a Funai, dizendo que estão sendo bem alimentados e o clima está tranqüilo na aldeia, que abriga mais de 600 índios. Outra reivindicação dos índios é a indicação de um dos índios da aldeia para administrador do posto, segundo Lourenço, pois "o escritório regional está sem administrador há um ano". Ainda segundo Lourenço, os índios aguardam a presença da presidência da Funai para iniciar as negociações e liberar os reféns. No Pará Na última terça, o engenheiro da Eletrobrás, Paulo Fernando Rezende, foi agredido a socos e ferido com um facão por vários índios caiapós ao final de uma palestra no encontro Xingu Vivo para Sempre, que reúne três mil pessoas em Altamira (PA), metade delas índios que debatem os impactos na região da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Rezende havia acabado de fazer uma palestra sobre os detalhes técnicos da usina. Os índios, liderados por Tuíra Caiapó, avançaram sobre o técnico. Ele teve a camisa rasgada, foi ferido no braço pelo facão de um dos guerreiros, mas passa bem. Veja imagens após ataque dos índios