Operação tartaruga A pressão por cargos faz o governo refém de partidos insatisfeitos com a composição ministerial. Com uma base obesa e voraz, o Planalto acompanha cenas de traição explícita. Na Comissão de Infraestrutura do Senado, o PTB retarda a indicação para diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP), retaliação do líder do partido, Gim Argello (DF), que não conseguiu reconduzir seu afilhado, Ivo Borges, para novo mandato na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A mesma para onde o ex-ministro dos Transportes, Paulo Passos aguarda a aprovação do PR, seu partido, que o apeou do cargo. Nem relator Na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), estão congeladas as indicações para agências reguladoras. Passados quase dois meses, não ganharam sequer relatores as indicações para diretor da Anvisa e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O presidente da comissão, Waldemir Moka (PMDB-MS), é tido como fiel a Eduardo Campos. Fiado, não O governo deve ceder aos governadores para chegar a um acordo em torno da alíquota única do ICMS. Para viabilizar a votação do projeto que unifica a alíquota no território nacional, o governo deixaria caducar a MP 599, que cria um fundo regional para compensar os Estados pelas perdas decorrentes da alíquota única. O fundo passaria a ser criado via projeto de lei complementar, do senador Paulo Bauer (PSDB-SC), e votado antes da alíquota, por desconfiança dos governadores.Ofensiva A presidente Dilma Rousseff tem agenda no Rio Grande do Norte dia 29, em continuidade à ofensiva no Nordeste contra Eduardo Campos. apoiado pela ex-governadora Wilma de Faria. Dilma costura a candidatura do ministro da Previdência, Garibaldi Alves, que resiste à missão. Ao PT, caberia a vaga ao Senado.