O presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), e a bancada do PL fizeram nesta quarta-feira uma defesa veemente do vice-presidente José Alencar. O vice terá de dar explicações ao Ministério Público Federal sobre denúncia de que teria pedido uma vaga para o neto de um amigo na residência médica do Instituto de Traumato-Ortopedia (Into), no Rio de Janeiro. O Ministério Público vai investigar ainda outra denúncia de que Alencar teria pedido para que o Instituto Nacional do Câncer (Inca) privilegiasse a estudante de medicina Paula Tamer na fila por um transplante de medula óssea. João Paulo afirmou que Alencar tem sua "irrestrita solidariedade" e que há uma "demasiada crítica e publicidade" sobre os atos do vice que "não são compatíveis". Segundo ele "a fila do transplante de medula não segue somente o critério rigoroso da cronologia de quem chega primeiro". "Manifesto de forma pública a minha solidariedade para que não paire dúvida sobre meu posicionamento com relação a este assunto". O presidente do PL, deputado Valdemar Costa Neto, disse que "estão fazendo uma tempestade em copo de água" sobre o caso. "Nenhum cidadão brasileiro que tenha um pouco de razão dará razão à reportagem", disse. A bancada do PL se reuniu hoje com o vice para prestar solidariedade. Segundo o deputado Carlos Souza (PL-AM), o vice "foi às lágrimas" com a manifestação do partido. "Trata-se de um homem probo, honesto, que infelizmente foi maculado pela imprensa do Brasil", afirmou. Mais de dez deputados prestaram solidariedade ao vice-presidente.