Líder da bancada da bala diz ser contra prender usuário de maconha: ‘Fuma para descontrair’; veja

Declaração ocorreu em votação para exigir exame toxicológico para conceder autorização de posse ou porte de arma de fogo na Câmara

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Foto do author Raisa Toledo
Por Raisa Toledo

O deputado Alberto Fraga (PL-DF), presidente da bancada da bala na Câmara dos Deputados, disse ser contra prender usuários de maconha e que há gente que “fuma para descontrair, mas é cumpridor de seus deveres”.

A declaração ocorreu nesta terça-feira, 8, na sessão em que a Comissão de Segurança Pública da Casa votou parecer sobre projeto para incluir exigência de exame toxicológico nos requisitos para autorizar posse ou porte de arma de fogo.

Alberto Fraga, deputado federal pelo PL-DF Foto: Divulgação/DEM

“Tem gente que fuma um baseado para descontrair, mas é um cumpridor dos seus deveres. Já o da cocaína eu penso diferente. Mas eu já estou indo para a ideia, hoje em dia, eu digo para os meus policias, não prendam, não adianta prender”, afirmou.

Deputado Alberto Fraga, líder da bancada da bala, diz ser contra prender usuário de maconha

Comissão de Segurança Pública discutia projeto para exigir exame toxicológico para quem tem arma

Fraga acompanhou o relator do projeto, Paulo Bilynskyj (PL-SP), em voto para rejeitar a inclusão da exigência do exame toxicológico. “Eu entendo a preocupação de alguns, mas se várias categorias que usam a arma de fogo como instrumento de trabalho não lhe é exigido, para que pegar o cidadão de bem com mais uma exigência absurda do que já vem sendo feito? ”, disse, afirmando que a medida estaria “disfarçada” para desarmar a população.

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O líder da bancada da bala também rebateu argumento do parlamentar Capitão Augusto (PL-SP), que disse saber separar muito bem o “cidadão de bem” do “cheirador de cocaína e maconheiro”. “Se eu puder evitar que esse pessoal tenha as mesmas prerrogativas que nós temos, eu estarei lutando contra”, afirmou.

Segundo Alberto Fraga, “não é o maconheiro que preocupa a gente”. “Isso é para atingir justamente a pessoa de bem. São cidadãos que deixam seu CPF e seu endereço para comprar uma arma de fogo, coisas que os bandidos não fazem”, disse.

O parecer de Bilynskyj foi rejeitado por 14 votos contra nove, com a união de governistas e opositores para enterrá-lo. A proposta para exigir o exame segue para a Comissão de Constituição e Justiça da Casa antes de ir ao plenário.

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