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Líder do governo deve comandar Assembleia em São Paulo

Tido como confiável e discreto, Samuel Moreira desponta como o mais provável sucessor do colega Barros Munhoz

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O líder do governo na Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Samuel Moreira (PSDB), desponta como favorito para ser o próximo presidente da Casa. Embora haja, entre os tucanos, quem defenda a recondução do atual presidente, Barros Munhoz (PSDB), ao mesmo tempo que os deputados Celino Cardoso (PSDB) e Fernando Capez (PSDB) ensaiam candidaturas, o posto deve ficar com Moreira, que tem a preferência do Palácio dos Bandeirantes. Ele sustenta, no entanto, não haver candidatura posta e que a discussão sobre sucessão só ocorrerá na volta ao trabalho, em fevereiro. Com uma maioria de 66 deputados de um total de 94, o governo não terá dificuldade para instalar novamente um tucano na Presidência. Deve receber mais uma vez o apoio do PT, que, embora tenha a maior bancada da Casa, com 24 deputados, não consegue fazer maioria para eleger o presidente. Desde 1995, no primeiro governo Mário Covas, os petistas compõem com o PSDB na eleição da Mesa, e ficam com a 1ª secretaria - que cuida das Finanças e dos Recursos Humanos do Legislativo. A exceção foi em 2005, quando o PT se aliou ao DEM e derrotou o candidato tucano, Edson Aparecido, hoje secretário da Casa Civil. Responsável pela articulação política do governo na Assembleia, Moreira tem perfil discreto e é um interlocutor de confiança do governador Geraldo Alckmin (PSDB). “É normal que o líder de governo se torne presidente, e tem sido assim na Assembleia”, lembra um tucano próximo de Alckmin, para quem dificilmente Moreira deixará de ser o próximo chefe do Legislativo. O deputado insiste que a discussão é prematura. “A eleição é só em 15 de março. Vamos discutir isso a partir de fevereiro”. Disputa

Há na bancada tucana, sobretudo na ala serrista, quem defenda nova eleição de Barros Munhoz, que já foi reeleito presidente. Pela Constituição estadual, contudo, ele não pode ser reconduzido em uma mesma legislatura, e sua eventual reeleição dependeria de uma mudança no texto constitucional, algo considerado improvável na Casa. Haverá ainda uma disputa pela 2ª secretaria, espécie de prefeitura da Casa, que cuida de obras, manutenção predial e transportes. O posto vem sendo ocupado pelo DEM, que durante muito tempo foi a terceira maior bancada da Assembleia. O partido, porém, vem se enfraquecendo. Na última eleição da Mesa já não era a terceira força, mas acabou permanecendo à frente do cargo. Hoje, o partido tem o mesmo número de deputados que o PV (sete), que também disputa a vaga com base no critério da proporcionalidade.

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