O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira, 11, que, ao final de seu terceiro mandato, prefeitos e prefeitas do País pedirão que ele “fique” no cargo. A afirmação foi realizada durante a abertura do Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília.
“Quando terminar o meu mandato, vocês vão dizer: ‘Lulinha, fica’, porque nós precisamos de um presidente que goste de nós”, afirmou ao final do discurso.

A declaração foi aplaudida pelo público e por políticos e ministros que acompanhavam o presidente, como o vice Geraldo Alckmin (PSB), o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, o novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), entre outros.
É a primeira vez que o petista faz uma declaração mais enfática sobre sua participação na disputa de 2026. No ano passado, em mais de uma ocasião, o presidente afirmou esperar “não ter que concorrer” novamente.
Em novembro do ano passado, por exemplo, Lula afirmou que está pronto “para enfrentar extrema-direita”, mas só se não houver outro nome apto para concorrer pelo PT. Em junho, em declaração semelhante, o petista já havia mencionado a hipótese de disputar um quarto mandato, caso fosse necessário evitar que “trogloditas” voltem ao poder.
Frente às recentes pesquisas que indicam queda na popularidade do governo, Lula está em viagens pelo País para promover agendas que revertam a imagem ruim. A estratégia foi definida pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, que chegou para promover mudanças nos dois últimos anos do mandato do petista antes das próximas eleições.
A declaração também ocorre em meio ao cenário de indecisão sobre um nome à direita que tenha corpo para bater Lula nas pesquisas de intenção de voto. Até agora, ele leva a melhor em todos os cenários, inclusive os que testam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível até 2030, como possível adversário apto ao pleito.
No evento desta terça com os novos prefeitos e prefeitas, o presidente destacou em diversos momentos que pretende estreitar as relações com os municípios, e que em seu governo os chefes dos Executivos municipais de outros partidos, que não o PT, serão tratados da mesma forma, sem vieses ideológicos.