Os servidores do INSS do Rio não aderiram à greve nacional da categoria, em sua maioria. Entre os postos da capital, somente o de Copacabana, na zona sul, está fechado - o atendimento foi suspenso na terça-feira e só será normalizado nesta quinta-feira. Foi o suficiente para atrapalhar a vida de muitos segurados, que não estavam informados da paralisação. "Isso é absurdo. Passei ontem e vi que estava fechado, mas achei que era hora do almoço", disse Maria Aparecida de Rezende, de 63 anos, que tentou dar entrada num pedido revisão de sua aposentadoria em Copacabana. Encontrou as portas fechadas, com o aviso de que o expediente fora suspenso com "respaldo do comando de greve". "Assim não há processo que ande", criticou. A procura por atendimento no posto - que tem forte movimentação, dada a grande concentração de idosos no bairro - foi intensa, como já havia ocorrido na terça-feira. Somente segurados que tinham perícia marcada puderam entrar. Na unidade de Irajá, na zona norte, a maior da cidade, os funcionários não pararam. No entanto, os servidores começaram a trabalhar 1h30 mais tarde do que o normal, porque parte deles faltou. Na Praça da Bandeira, outra unidade grande, também localizada na zona norte, não houve qualquer problema. Segundo o Sindsprev-RJ, sindicato da categoria, não foi decretada greve no Rio, como ocorreu no resto do País. Mas os servidores têm autonomia para decidir parar de trabalhar. Isso aconteceu nos postos das cidades de Macaé, Piraí, Resende e Teresópolis. A paralisação em todo o Estado está marcada para a próxima terça-feira e será de 24 horas. Tem entre suas reivindicações a contratação de funcionários, para que seja possível atender bem os segurados.