Disposto a conquistar votos femininos, Jair Bolsonaro (PL) deve voltar a Minas Gerais na próxima sexta (23), junto com a primeira-dama, Michelle, para um encontro chamado "Mulheres pelo Brasil" em BH, de forte apelo religioso. Até o 1.º turno, a campanha tentará ainda mais uma agenda no Estado, que se tornou a principal arena desta eleição. Bolsonaristas se entusiasmaram com o avanço do presidente em Minas, mostrado no Datafolha - a diferença entre Bolsonaro e Lula (PT) caiu de 17 para 10 pontos em uma semana. Aliados de Romeu Zema (Novo) acreditam que funcionou a tática do governador em lembrar a crise econômica do PT sem, contudo, se opor a Lula, com quem Zema divide a preferência do eleitor no Estado.

SÓ ELE. Alexandre Silveira (PSD), que subiu nas pesquisas na disputa ao Senado em Minas, tem explorado à exaustão a fórmula de se mostrar com Lula - e distante do PT. Em comício em Montes Claros, nesta quinta (15), apareceu com um boné vermelho onde se lia apenas o nome do presidenciável. Lula também deverá estar em Minas no dia 23, em Ipatinga.
FIÉIS. Uma das responsáveis pela organização do ato de mulheres com Bolsonaro no dia 23 é Ale Portela, filha do vice-presidente da Câmara, Lincoln Portela (PL-MG), que é evangélico. Ele diz que uma das principais estratégias da campanha bolsonarista em Minas é conquistar conservadores.
CATEQUESE. "Uma grande oportunidade para você que é pró-vida, pró-família e contra as drogas demonstrar seu apoio às nossas bandeiras!", diz descrição do evento.