A véspera da posse do Congresso foi marcada por decisões judiciais e disputa em torno de um gabinete. A situação fez com que os senadores e seus assessores varassem a madrugada na Casa, saindo apenas às 9h de sexta-feira, 1 - horas antes da posse no plenário.
Isso porque o senador Álvaro Coronel (PSD-BA) se recusou a sair do gabinete que estava, mas que havia sido designado pelo então presidente do Senado, Eunicio Oliveira, como é de praxe, ao senador Iraja (PSD-TO).
Mas a sala foi parar nas mãos de Coronel, pelo seu ocupante anterior, senador Vicentinho Alves (PR-TO), desafeto de Iraja no Estado.
Desde a última semana, o filho de Kátia Abreu se instalou no gabinete da mãe, à espera de uma solução pela Casa.
Mas na quinta-feira, perto das 18h, Coronel conseguiu uma liminar na primeira instância, derrubando a decisão de Eunicio e garantindo a permanência do parlamentar no gabinete.
O Senado recorreu, por meio da advocacia-geral da Casa, e a decisão do TRF-1 saiu por volta das 3h, já no dia da posse. Segundo pessoas que presenciaram a situação, Coronel se recusou a deixar o gabinete.
O presidente em exercício, Davi Alcolumbre (DEM), propôs uma solução paliativa: que o senador baiano deixasse o gabinete e o lacrasse.
Irajá disse que só deixaria o Congresso quando pudesse ocupar seu gabinete. Depois de muita conversa e até a participação da polícia legislativa, o Coronel deixou a sala, por volta das 9h.
A situação complicou tanto que o senador tocantinense solicitou escolta de dois policiais legislativos durante o primeiro dia dos trabalhos.