EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Derrota do governo no STF sobre precatórios soma R$ 16 bilhões

PUBLICIDADE

Não estava nas contas do governo a derrota no STF, no último dia 30, que custará R$ 16 bilhões aos cofres públicos. A Corte declarou inconstitucional manobra feita em 2017 para abrir espaço no orçamento - naquele ano, o governo determinou que todo precatório que não fosse resgatado em até dois anos voltaria para a União. A invertida vai drenar R$ 3,4 bilhões nas receitas esperadas pelo governo neste ano. A equipe de Paulo Guedes ainda não calculou o quanto isso vai afetar nas despesas de 2022 - a depender da interpretação do Supremo, que ainda não publicou o acórdão da decisão, poderá haver novo bloqueio de despesas dos ministérios para dar conta do compromisso com credores.

 

PUBLICIDADE

AGUARDE. A Economia informou que o impacto na receita é imediato e foi incorporado na revisão bimestral das contas do governo publicada ontem em edição extra do Diário Oficial. "A avaliação de eventual impacto na despesa dependerá da publicação do acórdão relativo à decisão, que trará os detalhes quanto à forma de devolução dos recursos."

CALO. Embora R$ 3,4 bilhões seja uma quantia suficiente para pagar o aumento do vale-gás e o benefício a taxistas, a perda não preocupa em 2022, pois há excesso de arrecadação. O problema é o impacto nas despesas, já pressionadas pelo teto de gastos, e a trajetória das contas no futuro.

VALE-ELEIÇÃO. Neste ano, somando a dispensa de receitas com novas desonerações, como a do diesel, e o aumento de despesas pré-eleição, o governo vai torrar cerca de R$ 150 bi.

PRONTO, FALEI. Fernando Haddad (PT), pré-candidato a governo de São Paulo.

Publicidade

"Dizem que eu sou o mais tucano dos petistas. Na verdade, eu sou o mais socialista dos petistas", disse, sobre defender a união com o PSB de Márcio França.

CLICK. Eduardo Suplicy (PT), pré-candidato a deputado estadual.

 

Postou foto de mão dada com uma escultura chamada 'Utopia', em Santo Antônio do Pinhal (SP), para defender o projeto de renda básica universal.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.