Abandonados e atacados por Jair Bolsonaro, Estados finalmente começam a enxergar o fim da tempestade depois de um ano e sete meses de pandemia e mais de 600 mil mortes no País. À frente do Amazonas, o governador Wilson Lima (PSC) comemora a escolha de Manaus para o jogo da seleção com púbico no estádio. A forma como a pandemia afetou o Estado, espécie de "farol", indicou tendências -- como no colapso de janeiro, que anunciou a "segunda onda" ao País. O quadro atual não significa um ponto final, mas indica que uma nova onda talvez não esteja se formando.
Bola pra frente. O otimismo está nos números: "55 das 61 cidades do interior estão sem casos de internação nos últimos 20 dias. Em setembro, foram seis dias sem registro de morte no Estado", disse Lima.

Chega. O Pará tem previsão de desativar na sexta-feira, 15, seu principal hospital de campanha, em Belém, onde passaram 7.347 pacientes. A unidade de Santarém também deve ser fechada muito em breve.
Futuro. "É uma virada de página. Agora é poder ter uma boa estrutura permanente para tratar da doença, mas num patamar de controle", diz o governador Helder Barbalho (MDB).
Fé. O otimismo não pode abrir margem para descuido, de acordo com Barbalho. O Estado recebe a partir de hoje milhares de fiéis para o Círio de Nazaré, que se estende até domingo e, para evitar aglomerações, as tradicionais procissões serão adaptadas para carreatas e a imagem de N. Sra. de Nazaré será transladada de helicóptero.
Efeito. São esperados cerca de 200 mil fiéis nas ruas, número bem inferior aos até 2 milhões que já estiveram em anos anteriores à pandemia.
Alta. Em São Paulo, 60% da população total já está com o esquema vacinal completo. O porcentual supera a média de cobertura do continente europeu e de países como Estados Unidos, Austrália e Argentina.
I have... O Piauí tem apostado na investigação da taxa de transmissibilidade do vírus e já identificou número baixo de casos, internações e óbitos em seis das oito regiões em que o Estado foi dividido.
...a dream. "Sonho com um Natal seguro e sem máscara", disse o governador Wellington Dias (PT). Mas dependemos do sucesso na aceleração da vacinação para controlar a covid-19."
Otimismo. O Espírito Santo instituiu um novo grau em sua classificação de risco da pandemia de covid-19. Além de "baixo", "moderado", "alto" e "extremo", regiões poderão ser classificadas com risco "muito baixo" a partir de novembro.
Faz aí. A classificação leva em conta a vacinação: estarão com risco "muito baixo" regiões com 80% dos adultos totalmente vacinados, 90% dos idosos com dose de reforço e 90% dos adolescentes com uma dose.
Cuidado. As únicas restrições nesta nova fase é o uso de máscara obrigatório e que eventos adotem passaporte de vacina. De bares a shows, todas as outras atividades estarão liberadas.
Tome nota. Vale lembrar: os Estados tiveram de arcar com todas as medidas de restrição de circulação.

Entre nós. O TCU transmitiu para o público debates de sua 1.ª Semana Orçamentária. Uma mesa-redonda do evento, no entanto, não pôde ser acompanhada: a que debateu emendas de relator, aquelas que formaram o orçamento secreto revelado pelo Estadão.

COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG E MATHEUS LARA. COLABORARAM ADRIANA FERRAZ E BRENO PIRES
PRONTO, FALEI!
Simone Tebet, senadora (MDB-MS)
"Veto à distribuição de absorventes é falta de empatia e descaso. Chega a ser cruel, no Outubro Rosa, quando se voltam os olhos para a saúde da mulher."
