O ex-diretor do Banco Central Isaac Sidney comentou pelo Twitter que "pode testemunhar" declaração da campanha do seu ex-chefe Henrique Meirelles de que, quando presidiu a instituição, "não deixou ninguém chegar perto do cofre".
Na época, Isaac era chefe de gabinete de Meirelles. "E não foi por falta de investida, inclusive por gente que hoje declara que pretende acabar com o poder de investigação do Ministério Público", escreveu, numa indireta ao petista José Dirceu.
Em entrevista ao portal AZ, do Piauí na semana passada, o petista disse: "Tem que tirar o poder de investigação do Ministério Público. O Ministério Público só é para acusar. Não há controle nenhum. E mais: uma corporação com os maiores privilégios do Brasil."
A Coluna revelou que para o Portal 180 graus, também do Piauí, Dirceu defendeu, ainda, "tirar todos os poderes do Supremo" e mudar até o nome do tribunal. "Não sei por que chamam Supremo. Deveria ser só Corte Constitucional". Na semana passada, disse que o PT "vai tomar o poder".
O ex-ministro de Lula foi condenado a 30 anos e 9 meses de prisão pela Operação Lava Jato. Ele chegou a ser preso, mas está solto por decisão da Segunda Turma do Supremo, que lhe autorizou aguardar a conclusão do processo em liberdade. Nas entrevistas que concedeu no Piauí e no Maranhão, onde lança sua biografia, disse que trabalha para eleger o presidenciável Fernando Haddad (PT) ao Planalto e que "é questão de tempo para a gente tomar o poder", o que, segundo ele, "é diferente de ganhar a eleição". (Andreza Matais)
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.