
Os índices das mais recentes pesquisas indicando que as eleições deste ano podem ter abstenção recorde preocupam as candidaturas de centro e/ou "moderadas" em todo o País. A leitura preliminar: campanhas "radicalizadas" tendem a levar às urnas, neste contexto de pandemia da covid-19 e de desesperança com a política, os eleitores identificados com as chamadas candidaturas "ideológicas" ou "extremadas". Em cenários eleitorais pulverizados, como o de São Paulo, por exemplo, qualquer variação pode custar vaga no segundo turno.
Ação. Dentro de algumas campanhas nas capitais, já há quem defenda usar parte do espaço da propaganda eleitoral de rádio e TV para conclamar os eleitores a comparecerem às urnas.
Vamos? A preocupação com uma possível alta na taxa de abstenção também está presente na Justiça Eleitoral, que tenta, neste momento, convencer mesários a participar da eleição.
Dados. Pesquisa Ibope divulgada pelo Estadão mostrou que 20% dos eleitores de São Paulo ainda estão em dúvida sobre ir votar.
Dados 2. Segundo o Datafolha, 34% dos eleitores paulistanos não se sentem seguros para sair de casa em 15 de novembro. Ainda conforme o instituto, também caiu o interesse pela eleição na capital paulista.
Na pista da esquerda. A candidata do PSTU à Prefeitura de São Paulo, Vera Lúcia, promete reestatizar empresas públicas que foram privatizadas na capital, como a CMTC (transporte público), por exemplo. Ela está tecnicamente empatada com Jilmar Tatto (PT) nas pesquisas de intenção.
SINAIS PARTICULARESVera Lúcia, candidata do PSTU a prefeito de São Paulo

Grave. O Sindicato Nacional dos Moedeiros repudiou a prática da atual gestão da Casa da Moeda, que, conforme mostrou a Coluna com base em denúncia feita pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), cedeu a terceiros papel e tinta usados para confeccionar cédulas.
Grave 2. Segundo o sindicato, há grave risco de falsificação da nova nota de R$ 200. A ABCF protocolou pedido de investigação na Polícia Federal e no Ministério Público. A Casa da Moeda nega irregularidades.
Poder... Coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher em São Paulo, Jamila Ferrari se destacou na pandemia. A doutora expandiu o sistema de denúncias contra agressores e transformou a forma como as vítimas podem denunciar seus agressores.
...e proteção. Em pouco mais de quatro meses do funcionamento do novo sistema, foram registrados 11.553 boletins de ocorrência pela internet. A análise de informações é ininterrupta. Em 50% dos casos, as vítimas são agredidas pelos próprios companheiros.
Realidade. Ao longo da pandemia, a média é superior a 60 BOs de violência doméstica registrados por dia em todo o Estado. A atuação de Jamila é centrada no incentivo à denúncia dos agressores ao menor sinal de violência, seja ameaça verbal ou agressão física, para evitar feminicídios.
Expansão. Jamila Ferrari coordena, além do sistema digital, sete DDMs que funcionam 24 horas na capital e no interior (em Campinas, Santos e Sorocaba). No início da gestão de Doria, somente uma DDM funcionava 24 horas por dia na cidade de São Paulo.
CLICK. Nas reuniões semanais que João Doria realiza com a cúpula da Polícia Militar, a única mulher a participar do grupo, Jamila Ferrari, senta-se ao lado dele.

PRONTO, FALEI!

Arthur Virgílio Neto, prefeito de Manaus (AM): "Índios protegem a floresta. Bolsonaro, consulte o Cadastro Ambiental Rural e leia nomes de empresas que despudoradamente lucram com a destruição."
COM ALBERTO BOMBIG E MARIANA HAUBERT
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