O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), os deputados Tabata Amaral (PSB-SP) e Felipe Rigoni (União Brasil-ES) fizeram uma representação ao Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a suspensão, em caráter liminar, do uso de dinheiro público para substituir os cartões do Bolsa Família por novos com a logomarca do Auxílio Brasil. Eles também pedem a devolução aos cofres de qualquer gasto públicos já empregado nessa operação.

"Não dá para aceitar o uso de recursos públicos para tentar criar uma marca personalista em programa tão importante", afirma Vieira.
Como a Coluna revelou no fim de semana, o Ministério da Cidadania está em plena negociação com a Caixa Econômica Federal para emitir novos cartões a serem enviados aos cerca de 18 milhões de beneficiários do Auxílio Brasil. A iniciativa tende a impulsionar um dos carros-chefes do presidente na tentativa de angariar votos em regiões onde o rival Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem vantagem, como no Nordeste.
No mês passado, a pasta pediu R$ 670 milhões ao Ministério da Economia para os novos cartões. Mas com a necessidade de garantir R$ 1,7 bilhão para o reajuste de servidores, a pasta disse não. As negociações com a Caixa, porém, prosseguem.
Coluna do Estadão: Bolsonaristas esperam inflação mais baixa para eleição