Pressionado pelo Congresso, o presidente Jair Bolsonaro surpreendeu a todos nesta segunda-feira, 29, com uma reforma ministerial, cujo objetivo principal é abrir espaço para o Centrão.
A Secretaria de Governo, que estava sob o comando de Luiz Eduardo Ramos, ficará com a deputada Flávia Arruda (PL-DF). Ela preside a Comissão Mista de Orçamento e é muito próxima ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Flávia está em seu primeiro mandato e herdou o espólio político de seu marido, o ex-governador do DF e ex-senador José Roberto Arruda, que foi um dos envolvidos no mensalão do DEM.
No Ministério da Justiça, entra o delegado federal Anderson Torres, atual Secretário de Segurança do Distrito Federal. André Mendonça, que estava no cargo, volta para a AGU, antes ocupada por José Levi.
O pontapé foi dado com a saída de Ernesto Araújo do Itamaraty. A chancelaria brasileira ficará a cargo do embaixador Carlos Alberto Franco França, atual chefe da assessoria da Presidência. O nome do embaixador do Brasil em Paris, Luiz Fernando Serra, chegou a ser cotado.
Em seguida, Fernando Azevedo e Silva anunciou que estava deixando a Defesa. Foi demitido pelo presidente. Bolsonaro colocou então o general Braga Netto, antes ministro da Casa Civil, no lugar.
Com isso, ocorre uma troca no Planalto: Luiz Eduardo Ramos sai da Secretaria de Governo para substituir Braga Netto.
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