Uma equipe de onze funcionários da Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério da Fazenda está em São Paulo desde o dia 8 de junho, examinando cada um dos 3.205 processos de concessão de pensão vinculados ao Ministério, no Estado, para descobrir a extensão das fraudes que já levaram à cadeia dez funcionários. De acordo com nota à imprensa, foram suspensos 283 pensões de São Paulo. Desse total, 58 processos foram suspensos por suspeita de fraude e os outros 225, porque continham alguma falha de instrução ou porque os beneficiários não se apresentaram para recadastramento. Ainda segundo a nota, apenas 40 dos 283 pensionistas retirados da folha reclamaram seus direitos. A Fazenda informa, também, que não foram constatadas, até agora, fraudes em aposentadorias. O Ministério está fazendo um recadastramento dos pensionistas de São Paulo, além dos 3.215 aposentados da folha de pagamento do Ministério. O recadastramento exige a apresentação de documentos antes não solicitados, e também de fotografia. Os pensionistas e inativos terão até agosto para comparecer pessoalmente, ou mandando procuradores legalmente habilitados, à sede da Gerência Regional de Administração do Ministério da Fazenda em São Paulo, para o recadastramento. Os primeiros indícios de irregularidades em processos de pensões em São Paulo foram identificados, segundo a nota da Fazenda, pelo ministério, em Brasília, em fevereiro deste ano. Com o surgimento de indícios, a Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração da Fazenda resolveu abrir uma Comissão de Inquérito. A nota informa ainda que, antes da conclusão das investigações, o Ministério da Fazenda não tem condições de estimar o montante perdido com as fraudes em pensões.
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