A senadora e pré-candidata à Presidência Simone Tebet (MDB-MS) afirmou nesta quarta-feira, 29, que se coloca na disputa de outubro como defensora da população em situação de rua, das famílias que “estão procurando comida no lixo, como víamos nos anos 1990″ e de “um governo afetivo” para retomar o crescimento econômico com “a iniciativa privada como parceira”. Ela participou de evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, no qual também falam nas próximas horas o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ao reforçar seu nome como alternativa à polarização política, Simone disse que tem otimismo com a recuperação econômica do Brasil. “Vivemos no melhor país do planeta. Temos condições de oferecer melhores condições a todos. Com amor, é possível reconstruir o Brasil”, disse, após destacar que o País precisa, com urgência, sair “do mapa da fome”.
“Pedi à minha mãe para defender as (eleições) Diretas. Nunca imaginei que, depois de 20 anos de mandatos consecutivos, eu tivesse que ver, em grandes cidades brasileiras, barracas abrigando famílias inteiras, mães amamentando crianças na rua. Nunca imaginei que tivéssemos tanto retrocesso civilizatório”, afirmou a senadora, logo após criticar o atual governo por “políticas negacionistas” e “desconhecimento de grandes problemas do País”.
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Em respostas a empresários e representantes da entidade industrial, a emedebista se comprometeu a concretizar a reforma tributária nos seis primeiros meses de governo, caso seja eleita presidente. Ela também mencionou o que classifica como “demora dos governos do PT” em fazer parcerias com a iniciativa privada.
“A iniciativa privada, através da indústria, tem condições de gerar os empregos necessários para a população e o governo precisa fazer sua parte.”
“O povo brasileiro é um dos que mais pagam impostos no mundo. O problema é que gastamos muito e gastamos mal”, disse, citando proposta de reorganização do Orçamento. Simone também destacou como diretrizes de seu projeto de governo o desenvolvimento sustentável, valorização do agronegócio aliado da preservação do meio ambiente e políticas de direitos humanos.
Ela agradeceu aos representantes da indústria por investimentos em pequenos municípios, citou experiência como prefeita de Três Lagoas, cidade onde nasceu no interior do Mato Grosso do Sul, e a importância da instalação de fábricas de celulose para geração de empregos diretos e indiretos na região. “Peguei um caixa quebrado onde haviam se passado dez anos sem se construir uma escola”, lembrou.
A senadora defendeu a preservação da floresta amazônica, mencionou indústrias de fertilizantes e falou em “trazer a iniciativa privada como parceira” para investimentos no setor de energia sustentável. Sobre o mercado da construção civil, defendeu a “construção de um grande parque” do setor para incentivo a obras e infraestrutura.
“De vez em quando, mulher na política roda a baiana. A gente sabe gritar, sabe se indignar”, afirmou, ao citar experiências com opositores e negociações sobre empresas da economia verde. / COM INFORMAÇÕES DO BROADCAST POLÍTICO
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