RIO - O líder do MST, João Pedro Stédile, defendeu nesta segunda-feira, 11, em ato no Rio, que os militantes permaneçam nas ruas até a votação do processo de impeachment na Câmara, no próximo domingo, 17. Ele também defendeu uma paralisação geral dos servidores na sexta-feira, 15, em protesto contra a votação. Citados pelos militantes no palco, Michel Temer e Eduardo Cunha foram vaiados pelo público.
O ato reúne uma multidão nos arcos da Lapa, região central do Rio, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o compositor Chico Buarque e outros artistas e intelectuais. A Polícia Militar não faz estimativa de público. Mais cedo, no entanto, 5 mil pessoas acompanharam ato com artistas na Fundição Progresso.
"Para barrar a direita, cada um de nós precisa se transformar em militante e não sair das ruas até domingo. Sexta-feira vamos parar o Brasil e não vamos trabalhar", afirmou Stédile. O ativista também defendeu que o ex-presidente Lula promova uma reforma ministerial no governo.
"Depois de vencer o golpe, Lula, precisamos de uma reforma ministerial. Colocar ministros comprometidos com o povo e não partidos oportunistas que só querem mamar do governo", afirmou.
Antes dele, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, criticou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o vice presidente Michel Temer.
"Impeachment comandado por Temer e Cunha é um golpe de araque, sem moral e sem sustentação".