O presidente Jair Bolsonaro, que na campanha prometeu reduzir o total de ministérios para 15, nomeou o 23.º ministro, Fábio Faria, deputado federal do PSD, do Centrão, mas diz que foi decisão pessoal sem barganha, por causa da relação familiar do escolhido com o proprietário da rede SBT de Televisão Sílvio Santos. Mais do que uma informação, esta é uma confissão. Escândalo ainda maior do que dar um ministério numa barganha para salvar a própria pele e de seus filhos, é não ter noção de limite alguma ao por no cargo que decide concessão de canais de emissoras de rádio e televisão ao genro do concessionário de um meio de comunicação, dando-lhe condições privilegiadas na competição entre empresas. O genial animador de auditórios é tão desprovido de consciência da importância do jornalismo e da liberdade de expressão, condição básica da democracia, que mandou tirar do ar, a pedido do chefe do Executivo, um noticioso que continha vídeo de uma reunião que foi tida como de interesse público pelo Supremo Tribunal Federal. Direto ao assunto. Inté. E só a verdade nos salvará.
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