No rádio, Lula rebate crítica sobre aumento de gastos

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu hoje, no seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente", críticas de que o seu governo estaria aumentando os gastos e explicou que "é preciso mudar a terminologia de gastos na área social para investimentos". O orçamento para o próximo ano mostra que o Governo deverá aplicar na área social R$ 72,9 bilhões. "É preciso que as pessoas compreendam que quando a gente empresta dinheiro para uma empresa construir uma nova fábrica é um investimento. Mas também quando a gente coloca dinheiro na saúde e na educação, contrata mais professores, mais médicos, coloca mais dinheiro para ajudar o microcrédito, a agricultura familiar, nós na verdade não estamos gastando, nós estamos fazendo o investimento mais primoroso do mundo que é o investimento no ser humano, na melhoria da qualidade de vida das pessoas". "É isso que estamos fazendo e vamos fazer muito mais porque durante 500 anos se trabalhou para aumentar a desigualdade. Nós agora temos que trabalhar para diminuir essa desigualdade", disse o presidente. Lula disse que não se incomoda com as críticas de que está aumentando os gastos do governo. "Não me incomoda. Não me incomoda porque eu sei que o dinheiro que estamos investindo na área social trará como resultado menos jovem na criminalidade, menos gente desempregada, menos gente morrendo por falta de assistência médica, por falta de saneamento básico, por falta de água potável". E salientou: "Por isso é que nós vamos cuidar das pessoas. O povo quer exatamente isso". Lula também comentou o terceiro relatório de acompanhamento dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, divulgado na semana passada, e mostrou que o País fez lição de casa. "Eu vou dar dois exemplos. O primeiro foi a queda da pobreza. O índice de brasileiros vivendo na extrema pobreza caiu de 8.8 para 4.2. Como o objetivo é reduzir pela metade o número de pessoas que estão em situação de miséria, o Brasil já cumpriu essa meta. Usando o parâmetro do salário mínimo, a taxa de pobreza extrema caiu de 28 para 16% e o da pobreza caiu de 52 para 38%". O presidente disse ainda que uma outra questão extremamente importante é o desmatamento. "Nós levamos praticamente três anos para poder preparar o Ibama, para fazer a fiscalização correta e nós reduzimos o desmatamento de forma extraordinária. Entre 2005 e 2007, foram 52% de diminuição do desmatamento numa demonstração de que a gente pode reduzir muito mais o desmatamento, as queimadas. Agora nós temos como acompanhar, nós temos acompanhamento por satélite, nós temos fiscais monitorando isso toda hora", concluiu Lula.

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