O ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse nesta quarta-feira, 9, que a operação da Polícia Federal que prendeu o sócio fundador do grupo Opportunity, Daniel Dantas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o investidor Naji Nahas "não preocupa" o Palácio do Planalto, apesar de serem investigados também petistas próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP). Veja também: STF adia decisão sobre liberdade de Dantas Prisão não afeta venda da BrT à Oi, diz ministro Imagens da Operação Satiagraha Opine sobre a prisão de Dantas, Nahas e Pitta Entenda como funcionava o esquema criminoso PF prende Daniel Dantas, Naji Nahas e Celso Pitta Dantas ofereceu suborno de US$ 1 milhão para escapar da prisão, diz MP Entenda o nome da Operação Satiagraha, que prendeu Dantas Greenhalgh nega qualquer envolvimento com os presos, apontados pela polícia como integrantes de um suposto esquema de corrupção, lavagem e remessas ilegais de dinheiro. Múcio disse que a operação faz parte de um inquérito em andamento há alguns anos e informou que outro inquérito será aberto para investigar o vazamento da operação. "A operação é continuidade de um inquérito que estava em curso. O vazamento não era para ter havido. A própria Polícia Federal tinha dito que essas coisas não iam acontecer. Ontem fui informado que seria aberto um inquérito e iniciadas investigações para saber de que forma esse vazamento aconteceu, já que feriu a norma e a disciplina da Polícia Federal", afirmou o ministro. José Múcio referiu-se à publicação de uma reportagem sobre a operação, em abril passado, quando as investigações transcorriam sob sigilo. Segundo Múcio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em viagem à Ásia, foi informado da operação da Polícia Federal. O ministro não revelou se o presidente tomou conhecimento das investigações antes da série de prisões realizada no início da manhã de terça-feira.