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Pesquisa PoderData: reprovação a Bolsonaro entre evangélicos aumenta e vai a 39%

Levantamento foi feito entre 19 e 21 de junho e ainda não abrange os possíveis efeitos da prisão do pastor e ex-ministro da Educação; detido ontem, Ribeiro foi beneficiado por decisão do TRF-1, que ordenou a soltura no início da tarde desta quinta-feira

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Por Redação
Atualização:

Pesquisa PoderData divulgada nesta quinta-feira, 23, mostra que 39% dos eleitores que se declaram evangélicos desaprovam o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). O levantamento indica que o chefe do Executivo perdeu força entre essa parcela da população. Na rodada anterior, divulgada na primeira quinzena deste mês, a reprovação era de 32%.

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Entre os católicos, a desaprovação ao governo é ainda maior. Nesse grupo, 54% dizem não apoiar o governo, contra 35% que aprovam.

Ainda assim, a maioria dos evangélicos (53%) ainda apoia o presidente, confirmando a informação trazida pela edição anterior da pesquisa: Bolsonaro lidera nesse segmento religioso, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem mais força entre os católicos.

Bolsonaro e Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação, participam de solenidade no MEC em fevereiro; pesquisa que aponta perda de aprovação do presidente entre evangélicos foi realizada antes da prisão do ex-ministro. Foto: Valdenio Vieira/PR

O levantamento foi feito entre 19 e 21 de junho. Portanto, ainda não abrange os efeitos da prisão do pastor e ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Detido na quarta-feira, 22, Ribeiro teve habeas corpus acatado em decisão provisória do desembargador Ney Bello, do TRF-1, no início da tarde desta quinta e deve ser solto ainda hoje. A decisão beneficia os 5 detidos na Operação Acesso Pago, da PF.

Como mostrou o Estadão, a Frente Parlamentar Evangélica tenta se blindar do desgaste causado pela prisão por suspeita de corrupção do ex-ministro Ribeiro, que é pastor da Igreja Presbiteriana, e evitar que a repercussão negativa do episódio retire votos dos fiéis para o presidente Bolsonaro.

Bolsonaro era próximo do ex-ministro e já disse que colocaria “a cara no fogo por ele”. Além disso, a primeira dama Michelle Bolsonaro chegou a afirmar que a honestidade de Milton Ribeiro vinha de inspiração divina. Ontem, após a prisão, Bolsonaro mudou o tom, evitou menções à religião e disse que, “se a PF prendeu, tem um motivo”.

Além de Ribeiro, a Polícia Federal também prendeu os pastores Arilton Moura e Gilmar dos Santos, que não possuem qualquer ligação com a administração pública. O caso gera desgaste à campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro, que tem os evangélicos como uma de suas principais bases eleitorais.

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A pesquisa PoderData consultou 3 mil eleitores por telefone entre os dias 19 e 21 de junho. A margem de erro é de 2 pontos, para mais ou para menos. O código de registro na Justiça Eleitoral é BR-07003/2022.

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