A comissão nomeada nesta sexta-feira pelo presidente da Petrobrás, Philippe Reichstul, para apurar a falta de comunicação à diretoria da estatal de defeitos em peças da plataforma P-36, revelados em boletins de inspeção dos três dias anteriores ao acidente, considerou "aceitável diante das circunstância" o fato de o gerente da Unidade de Negócios da Bacia de Campos, Carlos Eduardo Bellot, não ter informado à direção das falhas em equipamentos. A comissão concluiu que não há "indícios de dolo ou de omissão deliberada de informação". Segundo nota da Petrobrás, foram as seguintes as conclusões da comissão: 1-"A ação do gerente geral da Unidade de Negócios da Bacia de Campos (Carlos Eduardo Sardemberg Bellot) não informando à alta administração da companhia o conteúdo dos BDPs (boletins) dos dias 12, 13 e 14 de março corrente, embora prejudicial à transparência da comunicação da Petrobrás, foi considerada aceitável diante das circunstâncias que se apresentavam. Não há indícios de dolo ou de omissão deliberada de informação. 2- "A ação adotada no sentido de bloquear o acesso aos BDPs, retirando-os da rede interna de comunicação, foi decorrência da seleção e segregação de todos os fatos ou provas que possam ser analisados pela comissão de sindicância em 19 de março para determinar as causas do evento." 3- A comissão recomendou ainda que "o problema e a solução provisória adotada sejam aprofundados devidamente por parte da comissão de sindicância constituída em 19 de março de 2001 para apurar as causas do acidente".