O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, entregará ainda hoje uma carta ao presidente Fernando Henrique Cardoso reafirmando a posição da Executiva Nacional do partido de manter o apoio ao governo e dar liberdade para a escolha dos novos ministros de Minas e Energia e da Previdência, dentro do quadro do PFL. Bornhausen destacou a capacidade de convergência e de respeito mútuo obtida na reunião de hoje da Executiva, acrescentando que por isso mesmo o partido aprovou por unanimidade a agenda do governo para o biênio 2001-2002. Bornhausen ressaltou, em entrevista coletiva, que o senador Antônio Carlos Magalhães continuará no partido como um líder importante e com liberdade de pensamento, uma vez que o PFL é um "partido plural". Com relação aos dois pontos polêmicos da agenda de ação do governo - CPMF e contribuição previdenciária para os inativos - o presidente do PFL lembrou que o partido na Câmara já votou em favor do pagamento da contribuição pelos inativos. "Não há incoerência nas nossas posições nessa questão", disse Bornhausen. "E estamos abertos à discussão da CPMF", acrescentou. Bornhausen reconheceu que a agenda de governo reflete, nas grandes linhas, as disposições programáticas definidas pelo PFL, no manifesto de fundação, em 1985, e que foram ampliadas e explicitadas na revisão do programa partidário, aprovada pela Convenção Nacional de 1999". O senador disse ainda que muitas das ações do governo tem origem na iniciativa das lideranças do seu PFL. O senador reafirmou "o compromisso com a continuidade do processo de reformas, na certeza de que esses avanços não são apenas metas de governo e se constituem, realmente, em aspirações de toda a sociedade".