Segundo Eunício, Temer afirmou que fará reforma ministerial ainda em 2017

Presidente do Senado disse, ainda, que apenas uma reforma da Previdência enxuta tem chances de seguir adiante

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BRASÍLIA - O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou que conversou na noite deste domingo, 12, com o presidente Michel Temer (PMDB), que disse que pretende fazer a reforma ministerial, para atender aliados, ainda este ano. O senador disse, ainda, que falou sobre a reforma da Previdência e o alertou que apenas uma reforma enxuta tem chances de seguir adiante. 

O presidente do Senado, Eunício Oliveira, e o presidente da República, Michel Temer, ambos do PMDB Foto: Dida Sampaio/Estadão

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"Reforma ministerial é uma reforma administrativa, só tem uma pessoa que pode fazer que o é presidente. Ele falou ontem (domingo) que pretende fazer essa, que depois conversaria comigo e com o presidente da Câmara (Rodrigo Maia), mas que não tem prazo e nem definição, e que seria este ano", disse. Ao ser questionado da garantia de que o presidente faria as mudanças ainda em 2017, Eunício reafirmou: "Ele falou para mim que quer fazer a reforma ainda este ano, mas não marcou a data comigo."

Nesta segunda-feira, 13, o ministro das Cidades Bruno Araújo pediu exoneração do cargo. Sua saída ocorre em meio à pressão do Centrão por um espaço maior no governo, com a retirada dos tucanos, e uma crise no PSDB.  

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O presidente do Senado disse que na conversa alertou para dificuldades na reforma da Previdência. "Eu disse que sinceramente não aceitava neste momento que ela (a reforma) fosse discutir a questão da previdência do homem do campo, que mexesse nisso", afirmou, ressaltando: "O presidente me disse que ia preservar essa questão".

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Segundo Eunício, ele avisou ao presidente também que, na sua avaliação, a reforma foi "mal vendida". "Precisamos fazer uma reforma enxuta, que tire os privilégios, preserve essa rede de proteção social que a previdência também faz e faça uma idade mínima", disse. "No meu entendimento essa seria a reforma que o Brasil precisa." 

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