Porto Alegre receberá fórum de solidariedade à Palestina

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Conhecida por suas ligações com o Fórum Social Mundial, a cidade de Porto Alegre vai abrigar também em evento temático do mesmo movimento, o Fórum Social Mundial Palestina Livre, entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro deste ano. As 36 entidades, sindicatos e organizações não governamentais responsáveis pela organização das atividades esperam a presença de 8 mil pessoas, de 36 países. "É um momento de solidariedade ao povo palestino", afirma Claudir Nespolo, presidente de uma das entidades promotoras do encontro, a Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul.O dirigente sindical diz que entre os participantes também estarão pacifistas israelenses. Já os extremistas ou conservadores de qualquer setor devem ficar de fora, para, segundo Nespolo, "não tirar o brilho de um evento voltado à solidariedade". Todas as palestras e oficinas estão previstas para a região central da cidade. A prefeitura vai ceder espaços públicos como a Usina do Gasômetro, enquanto a Assembleia Legislativa vai liberar seu auditório para as atividades. O Estado também participa com apoio institucional.O governador Tarso Genro (PT) lembra que o Brasil defende o reconhecimento do Estado palestino, o cumprimento dos acordos de Oslo e é contrário à ocupação militar na Faixa de Gaza e Cisjordânia. "É necessário que os setores políticos de Israel e da comunidade palestina se unifiquem, para que, com base na tolerância, no respeito à autodeterminação dos povos e ao direito de existência do estado palestino, comunguem para uma grande movimentação política, global, para o reconhecimento deste estado e dos direitos históricos, culturais e sociais do povo palestino", afirma.O documento de referência, que deve pautar a maior parte dos debates, defende o direito do povo palestino a resistir à ocupação e ao apartheid; o fortalecimento de uma campanha global de boicote, desinvestimento e sanções contra Israel; proteção aos refugiados palestinos em outros países até que possam exercer o direito de voltar aos seus lares; defesa dos direitos dos palestinos na Jerusalém ocupada; e libertação dos prisioneiros palestinos em Israel, entre outros itens.

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