A candidatura do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) à prefeitura do Rio foi confirmada em convenção realizada hoje pelo partido. Em discurso de cerca de trinta minutos, Crivella lembrou projeto de sua autoria, o Cimento Social, que era realizado no Morro da Providência pelo Exército, em convênio com o Ministério das Cidades, e foi acusado de uso eleitoral pela Justiça Eleitoral. Ele pediu um minuto de silêncio em memória dos três jovens moradores da favela que foram assassinados com a participação de militares. Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, o senador disse considerar saúde, educação e habitação popular os três principais problemas da capital. Para ele, o crise nos setores é resultado da falta de parceria entre a prefeitura, o Estado e o governo federal. A convenção foi realizada em Bangu, na zona oeste, e teve a participação do vice-presidente da República, José Alencar, do PR, partido que apóia a candidatura do senador. Alencar pediu votos para ele e citou "injustiças" que teriam sido cometidas contra o candidato. No discurso, Crivella disse que sua candidatura é alvo de "infâmias e calúnias". Após a convenção, ele não deu entrevista. O senador foi notificado na sexta-feira e deverá prestar esclarecimentos até segunda-feira ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio sobre Informe Especial publicado na revista Roteiro do Poder, da Editora WD, que atribui a ele a responsabilidade por obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, realizadas em favelas do Rio.
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