Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, foi preso nesta quinta-feira, 18, em Atibaia (SP). Pivô da principal crise da família Bolsonaro, ele foi localizado pela Polícia Civil paulista em uma casa de Frederick Wassef, advogado de Flávio na investigação sobre suspeita da prática de “rachadinha” na Alerj.
A crise se arrasta desde que o Estadão revelou em dezembro de 2018 que ele fez movimentações bancárias atípicas quando estava lotado no gabinete do então deputado estadual e filho do presidente Jair Bolsonaro.
Confira a opinião dos colunistas do Estadão a respeito da prisão de Queiroz:
Vera Magalhães: Bolsonaro se aproxima da crise
Ao usar o Palácio do Planalto e o horário do expediente para se reunir com ministros de Estado e líderes governistas no Congresso para discutir a prisão do amigo e ex-assessor do filho, o presidente passa um imenso recibo, leva para o Executivo federal mais uma de “n” crises que tem para administrar simultaneamente, todas elas com potencial explosivo e em concomitância com uma pandemia que ainda ceifa milhares de vidas no Brasil. Leia a coluna.
Eliane Cantanhêde: Mourão no Radar
A pergunta não é mais onde está o Queiroz, mas onde está Jair Bolsonaro. Com Fabrício Queiroz preso, Frederick Wassef desmascarado, a pressão de STF, TSE, TCU, Congresso, Justiça do Rio e movimentos pró-democracia, a situação do presidente da República vai se tornando insustentável. Cresce o alívio em setores governistas que se decepcionaram com Bolsonaro e agora trabalham pela ascensão do vice Hamilton Mourão. Leia a coluna.
Coluna do Estadão: Queiroz faz Bolsonaro 'perder' na arena digital
Foi um dia difícil para Bolsonaro e o bolsonarismo, prenúncio do que está pela frente. Entre as 30 hashtags mais usadas no Twitter sobre o presidente, 15 foram negativas: 1,4 milhão de tuítes até as 19h, a maioria associada a expressões como #contatudoqueiroz, conforme o Sistema Analítico da Bites Consultoria. No total, pelo menos 662 mil perfis produziram posts contrários ao clã Bolsonaro. Apenas quatro hashtags a favor do presidente (75 mil tuítes de 31 mil perfis). Nem a saída de Abraham Weintraub neutralizou a onda contrária ao clã. Leia a coluna.
BRPolítico: Prisão de Queiroz agrava instabilidade política para Bolsonaro
O primeiro sinal de que Bolsonaro sentiu o golpe da prisão de Queiroz foi muito simbólico: o presidente não parou em frente ao cercadinho em que fica sua claque de apoiadores no Alvorada, programa obrigatório de todas as manhãs. Leia o 'BRP Analisa'.