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Maioria do PSDB de SP declara apoio a Lula, mas presidente da sigla nega adesão oficial

Em reunião do sábado, parte do diretório estadual está em sintonia com ala do partido que defende voto no petista contra Jair Bolsonaro

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Foto do author Pedro  Venceslau
Atualização:

Em reunião no sábado, 22, a maioria dos integrandes do diretório estadual do PSDB paulista decidiu declarar apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial no segundo turno. A informação foi enviada a reportagem por integrantes da Executiva tucana.

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Após a divulgação da informação, o presidente estadual do partido, Marco Vinholi, enviou outra nota negando que tenha havido uma declaração de apoio oficial. O diretório decidiu liberar os filiados. O desencontro de informações causou mal-estar na cúpula do partido.

Em sintonia com a ala dos chamados “cabeças brancas” do partido – grupo dos tucanos históricos que apoiam o petista – parte da direção da legenda contrariou o governador Rodrigo Garcia (PSDB), que se apressou em declarar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) sem o consentimento partidário.

O diretório já havia definido apoio ao ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa estadual. Em nota, a direção tucana ressaltou que nomes como Aloysio Nunes, José Aníbal, o secretário-geral Carlos Alberto Balotta e o presidente municipal da legenda na capital, Fernando Alfredo, defenderam apoio ao ex-presidente.

O governador Rodrigo Garcia participou de evento com Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas ao lado de prefeitos do Estado de São Paulo na semana passada Foto: Daniel Teixeira/Estadão

“A defesa da democracia foi foco central no debate e ponto defendido pelo ex-senador José Aníbal ao pontuar o apoio a Lula. Aloysio Nunes declarou que essa posição representa a maior parte dos tucanos históricos e Balotta relembrou o apoio a Lula em 1998″, disse o partido.

Também houve manifestações a favor da neutralidade e a favor de Bolsonaro, como do prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando. O direito aos filiados para tomarem sua posição individual foi garantido pela deliberação da executiva nacional no dia 4 de outubro.